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    "Morrer de amor", de Natália Bravo: literatura ou memória?

    "Morrer de amor", de Natália Bravo: literatura ou memória?

    Annie Ernaux é uma escritora francesa cujos trabalhos se destacam, sobretudo, pelo tratamento da memória como elo entre o pessoal e coletivo. Um de seus livros mais lidos, Os anos, uma autobiografia impessoal, era a leitura de cabeceira da autora Natália Bravo quando ela decidiu tomar as próprias lembranças como matéria narrativa e escrever Morrer de amor (Paris de Histórias, 2021), obra que, à sua maneira, também passeia entre a memória e a história. Transitando pelo pessoal
    "Terra úmida", de Myriam Scotti, e a família como solo espelhado

    "Terra úmida", de Myriam Scotti, e a família como solo espelhado

    Terra úmida (Penalux, 2021), da manauara Myriam Scotti, tem início em 1958 com o rememorar de Abner, narrador cuja memória projeta no texto a vasta floresta amazônica, lugar onde viveu durante boa parte da vida depois de deixar o Marrocos para fugir da perseguição muçulmana aos judeus. A família sefardita de quatro membros — o pai Jonah, a mãe Syme, o primogênito Abner e o caçula Isaac — sai da cidade de Tânger assim que o protagonista completa treze anos de idade, logo após
    "Emma e o sexo": é possível controlar o desejo?

    "Emma e o sexo": é possível controlar o desejo?

    Emma e o sexo, de Ilana Eleá, é o volume inicial de uma trilogia erótica publicada pela editora e-galáxia. A protagonista, que empresta o nome ao título da novela, é uma jovem antropóloga social especialista em sexualidade, que parte da Universidade de Estocolmo, na Suécia, onde nasceu, para o Rio de Janeiro, cenário da obra, a fim de realizar o trabalho de campo de sua pesquisa de mestrado, projeto que “seguia em busca de definições de amor, sexo, desejo e paixão em relações
    "A filha primitiva": escrever como um parto infinito e a criação literária como maneira de dar à luz

    "A filha primitiva": escrever como um parto infinito e a criação literária como maneira de dar à luz

    Primeiro de tudo: o parto. Das dores de parir uma menina num mundo que dedica tantas violências ao feminino nasce a história da mulher inominada que narra A filha primitiva, primeiro romance de Vanessa Passos. Professora de literatura, quase como a autora, a protagonista remói as mágoas que sente em relação à mãe por não revelar de modo algum quem é o seu pai. A ausência da figura paterna talha uma lacuna identitária que ela vai atrás de preencher por meio da escrita, percurs
    O animal humano em "Catálogo de pequenas espécies", de Tiago Germano

    O animal humano em "Catálogo de pequenas espécies", de Tiago Germano

    Mais uma vez sento-me em frente ao computador para escrever sobre Catálogo de pequenas espécies (Caos & Letras, 2021). Por dias ando com dificuldades de encontrar a ponta do fio da meada, a gênese do que me faça triunfar em levar alguém a se interessar pelo livro de Tiago Germano, especialmente neste contexto transtornado de pandemia. O fato é que com tanta coisa consagrada ainda por ler entre aquele calhamaço do Mann e o volume do Cortázar, e tão pouco tempo até o fim do mun
    Múltiplas subjetividades nas narrativas plurais de Nafissa Thompson-Spires

    Múltiplas subjetividades nas narrativas plurais de Nafissa Thompson-Spires

    Em meados do século XIX, James McCune Smith, primeiro afro-americano a se formar em medicina, escreveu uma série de histórias curtas retratando a vida de trabalhadores negros em Nova York. Inspirada em seu trabalho, a autora estadunidense Nafissa Thompson-Spires publicou em 2018 As cabeças das pessoas negras, reunião de contos de ambientação contemporânea protagonizados por norte-americanos negros de classe média alta que, por frequentarem espaços majoritariamente brancos, sã
    "Memórias do calabouço" e o exercício da linguagem como prática de resistência

    "Memórias do calabouço" e o exercício da linguagem como prática de resistência

    Em 1972, nove integrantes do Movimento de Libertação Nacional foram capturados, torturados e, em 1973, transformados em reféns pela ditadura militar uruguaia. Entre eles, José Mujica, futuro presidente do Uruguai e editor de Memórias do calabouço, obra de dois dos militantes mantidos presos por doze anos, recentemente publicada no Brasil pela editora Rua do Sabão com prefácio de Eduardo Galeano e tradução de Ana Helena Oliveira e Paloma Santos. Maurício Rosencof, o Russo, e E
    Sabendo que és minha: escrita como ferramenta de exploração do luto

    Sabendo que és minha: escrita como ferramenta de exploração do luto

    “Minha Mãe Morreu”. Essa é a frase central de Sabendo que és minha (Jandaíra, 2020), de Fabrina Martinez, novela autoficcional sobre o luto de uma narradora inominada pela morte de sua mãe, que ocorre durante o processo de reaproximação das duas. A morte chega por escrito, nas palavras do médico endereçadas ao banco, e embora se anuncie pela carta, não se concretiza de imediato: é preciso assimilá-la. Pela escrita a morte vem, também por ela se desenvolve o luto, o parto da d
    Santuário: quantas vidas cabem em uma cidadezinha?

    Santuário: quantas vidas cabem em uma cidadezinha?

    Entramos em Santuário (Macabéa, 2020) embalados pela música de Dona Ivone Lara. É dela a epígrafe do quinto livro de Maya Falks, cujo título faz referência à cidade onde se passam os contos. Seguimos no passeio guiado pelas ruas do povoado, mas, diferente do que propõe o turismo tradicional, nossas andanças começam por dentro das casas e da intimidade de seus moradores. O ritmo animado do samba “Andei para Curimá” que nos abre as portas do lugarejo não esconde o clamor fiel d
    "Ainda que a terra se abra" – é hora de voltar para casa

    "Ainda que a terra se abra" – é hora de voltar para casa

    Oito anos após deixar a residência paterna no sul do país em direção ao trabalho de professor universitário em Brasília, carregando nas costas o impacto de um acidente familiar que custou a vida de sua mãe, Martín regressa por circunstâncias não menos trágicas: a morte do pai. Mesmo que não seja uma grande novidade para a literatura a premissa de forte carga alegórica do filho que retorna ao lar de origem e tem de encarar a conturbada imagem patriarcal, Ainda que a terra se a
    SE EU TE AMASSE, ESTAS SÃO AS COISAS QUE EU TE DIRIA: várias formas de escrever amor

    SE EU TE AMASSE, ESTAS SÃO AS COISAS QUE EU TE DIRIA: várias formas de escrever amor

    Um dos princípios fundadores da arte é a tentativa de formatar e conduzir emoções essencialmente humanas. São incontáveis as manifestações artísticas que, desde os princípios dos tempos, dedicam-se a discorrer acerca dos sentimentos que movimentam criaturas. Dentre eles, possivelmente o mais explorado seja o núcleo de todos os afetos: o amor. Mas como configurá-lo, defini-lo e transmiti-lo através da arte de maneira minimamente original? Eis uma tarefa árdua e, também por iss
    ÁGUA FRIA E AREIA: barquinho de papel pelos mares do desromance

    ÁGUA FRIA E AREIA: barquinho de papel pelos mares do desromance

    Água fria e areia (2018, Lamparina Luminosa) é um desromance de início promissor, cujas promessas não só se cumprem como superam as possíveis expectativas. Começando in media res, a narrativa demonstra logo de cara ser autêntica e instigante, ainda que seu raio de alcance seja bastante específico: ele circunda a brasileira Caroline e o francês Yannis, reunidos pelos acasos que as viagens reservam e permanentemente associados pelos fios invisíveis que os sentimentos alinhavam
    DIÁRIO DA CASA ARRUINADA: entre real e ficcional, um lar em ruínas

    DIÁRIO DA CASA ARRUINADA: entre real e ficcional, um lar em ruínas

    A nota introdutória do Diário da casa arruinada (Penalux, 2017) se localiza nos limites entre a realidade e a ficção. Nela, um autor (que pode tanto ser Tiago Feijó quanto um personagem ficcional) afirma que o caderno que intitula o romance foi encontrado dentro de uma casa em ruínas e reproduzido com fidedignidade nas páginas que seguem. A premissa para a escrita do protagonista Quim, dono do diário que o leitor acessa logo depois da curta nota autoral, é sua tentativa de la
    AS BRUXAS DO LAGO LÉMAN sobre um palimpsesto lacustre

    AS BRUXAS DO LAGO LÉMAN sobre um palimpsesto lacustre

    Serendipidade: a faculdade ou o ato de descobrir algo agradável por acaso; algo descoberto fortuitamente. É justamente sobre essas descobertas afortunadas feitas sem querer que edifica-se e desenvolve-se o romance As bruxas do lago Léman. A narrativa lacustre de Flávio Dias gira em torno de dois lagos principais: Léman, na Suíça – região onde mais foram queimadas bruxas na Europa – e a Lagoa da Conceição, em Florianópolis – cidade conhecida como ilha das bruxas. Mas é à beira
    O pampa gaúcho do século XX retorna em ANDARILHOS, romance de R. Tavares

    O pampa gaúcho do século XX retorna em ANDARILHOS, romance de R. Tavares

    No sul do Brasil, em meados do século XX, introduz-se a aparentemente despretensiosa narrativa de Andarilhos. Através dos passos de Pedro Guarany, um domador de cavalos que aprendeu seu ofício com o pai indígena e agora segue em busca de trabalhos temporários nas estâncias gaúchas, penetramos nos pampas sulistas, descobrimos traços de escravidão ainda persistentes em zonas brasileiras, acompanhamos o processo de degola de animais e amansamento dos equinos, e observamos, sobre
    Sob camadas de neve, ETHAN FROME irrompe como um romance possível

    Sob camadas de neve, ETHAN FROME irrompe como um romance possível

    Ao referir-se a Ethan Frome, a autora norte-americana Edith Wharton afirmou que, quanto ao seu tema, “havia que tratá-lo sem circunlóquios e de forma concisa, assim como a vida sempre havia apresentado os meus protagonistas; qualquer intenção de elaborar ou complicar seus sentimentos falsificaria o conjunto. Eles, esses personagens, eram, na verdade, meus afloramentos de granito; só que eles ainda estavam prestes a emergir do solo e eram um pouco mais articulados”. Nessa espé
    DESTERROS: A alteridade como caminho de desmarginalização do outro

    DESTERROS: A alteridade como caminho de desmarginalização do outro

    Livro de estreia de Natalia Timerman, mestra em psicologia clínica pela USP, Desterros: histórias de um hospital-prisão traz relatos de sua experiência enquanto psiquiatra no Centro Hospitalar do Sistema Penitenciário de São Paulo (CHSP), única casa de saúde do estado disponível para o atendimento de presidiários. Nas histórias que compõem a obra, a autora resgata prisioneiros que, submetidos à condição de enclausurados, perdem qualquer coisa de humano e são condenados ao est
    TRÍTONOS: INTERVALOS DO DELÍRIO, uma sinfonia de letras

    TRÍTONOS: INTERVALOS DO DELÍRIO, uma sinfonia de letras

    Conhecido como o som do diabo em teoria musical, o trítono é o intervalo de três tons inteiros entre duas notas, formando o trecho mais dissonante que existe na música. A execução do trítono, proibida durante a Idade Média em função da sensação de instabilidade que ele transmite, gera uma confusão sonora de difícil resolução, podendo, conforme a lenda, “evocar demônios” e insânias. Sobre essa nomenclatura e suas reverberações apoia-se o primeiro livro em prosa de Teofilo Tost
    A ORAÇÃO DO CARRASCO por vozes silenciadas

    A ORAÇÃO DO CARRASCO por vozes silenciadas

    Ouvir os que foram calados: eis o objetivo principal de A oração do carrasco, de Itamar Vieira Junior, publicado pela editora Mondrongo. O livro, composto por sete contos, é uma afronta à naturalização do silêncio das minorias na medida em que as resgata da invisibilidade e lhes dá o protagonismo necessário para que sejam finalmente escutadas e tenham a oportunidade de conhecer a si por si mesmas, a partir do próprio discurso revelador. O primeiro conto, “Alma”, é um excelent
    FEBRE DE ENXOFRE: Lucidez doentia e grotesca de um poeta maldito

    FEBRE DE ENXOFRE: Lucidez doentia e grotesca de um poeta maldito

    Yuri Quirino é um poeta, tão maldito quanto fora Rimbaud. Abordado por uma figura excêntrica, ele recebe um convite para escrever a biografia de Manuel di Paula, homem que lhe é desconhecido. O escritor, de mente obsessiva e delirante, depois de muitas tentativas de escape não vê outra saída além de aceitar a proposta de trabalho. Esse é o enredo básico de Febre de Enxofre, um dos terrores psicológicos mais interessantes da atualidade. O que primeiro impressiona o leitor que
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