LogoSimples_Sem-Fundo.png
  • INÍCIO

  • SOBRE

  • ONDE ACESSAR

  • TEXTOS

  • AGENDA

  • SERVIÇOS

  • CONTATO

  • APOIE

  •  

    Use tab to navigate through the menu items.
    • Todos posts
    • Resenhas
    • Entrevistas
    • Papo de Editora
    • Itinerários
    • Listas
    Buscar
    "No jardim do ogro", de Leïla Slimani, e o existir pelo desejo do outro

    "No jardim do ogro", de Leïla Slimani, e o existir pelo desejo do outro

    “Faz uma semana que ela aguenta. Uma semana que ela não cedeu. Adèle comportou-se.” Assim começa No jardim do ogro, de Leïla Slimani, publicado no Brasil pela editora Tusquets com tradução de Gisela Bergonzoni. Indícios da personalidade ansiosa e autoflagelante da protagonista estão presentes desde o início do livro, quando ainda não há espaço para grandes certezas. Alusiva, já na primeira página a prosa faz menção a um sonho que denuncia a energia acumulada pela privação de
    "Morrer de amor", de Natália Bravo: literatura ou memória?

    "Morrer de amor", de Natália Bravo: literatura ou memória?

    Annie Ernaux é uma escritora francesa cujos trabalhos se destacam, sobretudo, pelo tratamento da memória como elo entre o pessoal e coletivo. Um de seus livros mais lidos, Os anos, uma autobiografia impessoal, era a leitura de cabeceira da autora Natália Bravo quando ela decidiu tomar as próprias lembranças como matéria narrativa e escrever Morrer de amor (Paris de Histórias, 2021), obra que, à sua maneira, também passeia entre a memória e a história. Transitando pelo pessoal
    "Terra úmida", de Myriam Scotti, e a família como solo espelhado

    "Terra úmida", de Myriam Scotti, e a família como solo espelhado

    Terra úmida (Penalux, 2021), da manauara Myriam Scotti, tem início em 1958 com o rememorar de Abner, narrador cuja memória projeta no texto a vasta floresta amazônica, lugar onde viveu durante boa parte da vida depois de deixar o Marrocos para fugir da perseguição muçulmana aos judeus. A família sefardita de quatro membros — o pai Jonah, a mãe Syme, o primogênito Abner e o caçula Isaac — sai da cidade de Tânger assim que o protagonista completa treze anos de idade, logo após
    "Emma e o sexo": é possível controlar o desejo?

    "Emma e o sexo": é possível controlar o desejo?

    Emma e o sexo, de Ilana Eleá, é o volume inicial de uma trilogia erótica publicada pela editora e-galáxia. A protagonista, que empresta o nome ao título da novela, é uma jovem antropóloga social especialista em sexualidade, que parte da Universidade de Estocolmo, na Suécia, onde nasceu, para o Rio de Janeiro, cenário da obra, a fim de realizar o trabalho de campo de sua pesquisa de mestrado, projeto que “seguia em busca de definições de amor, sexo, desejo e paixão em relações
    "A filha primitiva": escrever como um parto infinito e a criação literária como maneira de dar à luz

    "A filha primitiva": escrever como um parto infinito e a criação literária como maneira de dar à luz

    Primeiro de tudo: o parto. Das dores de parir uma menina num mundo que dedica tantas violências ao feminino nasce a história da mulher inominada que narra A filha primitiva, primeiro romance de Vanessa Passos. Professora de literatura, quase como a autora, a protagonista remói as mágoas que sente em relação à mãe por não revelar de modo algum quem é o seu pai. A ausência da figura paterna talha uma lacuna identitária que ela vai atrás de preencher por meio da escrita, percurs
    O animal humano em "Catálogo de pequenas espécies", de Tiago Germano

    O animal humano em "Catálogo de pequenas espécies", de Tiago Germano

    Mais uma vez sento-me em frente ao computador para escrever sobre Catálogo de pequenas espécies (Caos & Letras, 2021). Por dias ando com dificuldades de encontrar a ponta do fio da meada, a gênese do que me faça triunfar em levar alguém a se interessar pelo livro de Tiago Germano, especialmente neste contexto transtornado de pandemia. O fato é que com tanta coisa consagrada ainda por ler entre aquele calhamaço do Mann e o volume do Cortázar, e tão pouco tempo até o fim do mun
    Quando o amor vai embora — uma leitura de “Copo Vazio” e uma carta inédita de Mirela

    Quando o amor vai embora — uma leitura de “Copo Vazio” e uma carta inédita de Mirela

    Mirela tem 32 anos e é uma arquiteta bem-sucedida quando cria uma conta em um aplicativo de relacionamentos, seguindo o conselho de começar a viver no agora, dado pela irmã. Assim ela conhece Pedro, com quem engata uma relação breve, interrompida pelo sumiço repentino do rapaz, que desaparece como um fantasma sem oferecer qualquer satisfação. Copo vazio (2021, Todavia), primeiro romance de Natalia Timerman, dedica-se à exploração dos sentimentos que recaem sobre a protagonist
    Múltiplas subjetividades nas narrativas plurais de Nafissa Thompson-Spires

    Múltiplas subjetividades nas narrativas plurais de Nafissa Thompson-Spires

    Em meados do século XIX, James McCune Smith, primeiro afro-americano a se formar em medicina, escreveu uma série de histórias curtas retratando a vida de trabalhadores negros em Nova York. Inspirada em seu trabalho, a autora estadunidense Nafissa Thompson-Spires publicou em 2018 As cabeças das pessoas negras, reunião de contos de ambientação contemporânea protagonizados por norte-americanos negros de classe média alta que, por frequentarem espaços majoritariamente brancos, sã
    "Memórias do calabouço" e o exercício da linguagem como prática de resistência

    "Memórias do calabouço" e o exercício da linguagem como prática de resistência

    Em 1972, nove integrantes do Movimento de Libertação Nacional foram capturados, torturados e, em 1973, transformados em reféns pela ditadura militar uruguaia. Entre eles, José Mujica, futuro presidente do Uruguai e editor de Memórias do calabouço, obra de dois dos militantes mantidos presos por doze anos, recentemente publicada no Brasil pela editora Rua do Sabão com prefácio de Eduardo Galeano e tradução de Ana Helena Oliveira e Paloma Santos. Maurício Rosencof, o Russo, e E
    União dos sentidos e dissolução do tempo em "No fundo do oceano, os animais invisíveis"

    União dos sentidos e dissolução do tempo em "No fundo do oceano, os animais invisíveis"

    A história começa na mata. O protagonista de No fundo do oceano, os animais invisíveis (Reformatório, 2020) é Pedro Naves, narrador fragmentado a suportar os murmúrios gritantes da floresta, rumores que ele aprendera a ouvir muito cedo na vida. Combinando sons, luzes, sombras e cheiros, o prelúdio do segundo livro de Anita Deak ergue uma paisagem reveladora da sinestesia que orienta as páginas seguintes pela ordem do caos. Na família Naves a vida humana celebra-se pela morte
    Autobiografia, o livro infinito de José Luís Peixoto

    Autobiografia, o livro infinito de José Luís Peixoto

    Em Autobiografia (Companhia das Letras, 2019), José Luís Peixoto é um arquiteto engenhoso. Tomando cada palavra como casa edificada nas ruas do texto por onde passeamos, ele regula o romance num arranjo calculado pelos capítulos circunscritos como esquinas e becos. Se todo livro é um lugar, este é um labirinto de espelhos. A história parece simples, mas sua trama complexa repete-se ad aeternum, tal qual boneca russa: um jovem romancista chamado José recebe o imprevisível conv
    Um espetáculo sombrio, ermo e turvo

    Um espetáculo sombrio, ermo e turvo

    Sombrio, Ermo e Turvo são três munícipios da região sul de Santa Catarina, situados praticamente na divisa com o Rio Grande do Sul, onde nasceu Veronica Stigger. Em um encontro na editora Todavia, a autora afirmou ter visto a placa indicando tais localidades diversas vezes na estrada quando viajava de carro, sempre intrigada por esses nomes. O título de seu livro mais recente, então, tem nas cidadezinhas certa inspiração, mas a partir do momento em que se tornam título, essa
    A literatura caleidoscópica de Alejandra Costamagna

    A literatura caleidoscópica de Alejandra Costamagna

    Caleidoscópio: essa é a palavra-chave da literatura de Alejandra Costamagna. Há pouco tempo a chilena teve duas obras publicadas simultaneamente no Brasil pela editora Moinhos, a reunião de contos Impossível sair da Terra, de 2016, e o romance Sistema do tato, de 2018 (ambos com tradução de Mariana Sanchez), livros que estabelecem o caráter intratextual de um projeto literário ousado que, à semelhança do aparelho óptico, apresenta a cada novo movimento combinações variadas de
    O melindre nos dentes da besta, um livro feito de silêncios

    O melindre nos dentes da besta, um livro feito de silêncios

    Há sempre alguma dificuldade envolvendo a redação sobre obras que nos tocam profundamente. Dar conta de seus méritos sem que nossas emoções os sobreponham nunca deixa de ser complicado, e no caso do romance da carioca Carol Rodrigues, que me suspendeu do mundo durante a leitura, o impasse se acentua, uma vez que O melindre nos dentes da besta (7Letras, 2019) é um livro feito de silêncios — levando-me a ser minimamente breve em sua apresentação. A história se divide em duas pa
    Sabendo que és minha: escrita como ferramenta de exploração do luto

    Sabendo que és minha: escrita como ferramenta de exploração do luto

    “Minha Mãe Morreu”. Essa é a frase central de Sabendo que és minha (Jandaíra, 2020), de Fabrina Martinez, novela autoficcional sobre o luto de uma narradora inominada pela morte de sua mãe, que ocorre durante o processo de reaproximação das duas. A morte chega por escrito, nas palavras do médico endereçadas ao banco, e embora se anuncie pela carta, não se concretiza de imediato: é preciso assimilá-la. Pela escrita a morte vem, também por ela se desenvolve o luto, o parto da d
    Crocodilo: o problema filosófico do suicídio

    Crocodilo: o problema filosófico do suicídio

    “Hoje, meu filho Pedro pulou da janela do seu apartamento.” Sem nos poupar do choque compartilhado da notícia, é assim que o narrador Ruy dá início a Crocodilo (Companhia das Letras, 2019), romance de Javier A. Contreras que acompanha os sete dias seguintes à morte do único filho do protagonista, resgatando episódios passados na tentativa de entender o que pode ter motivado o suicídio de Pedro. Nesse diário inflamado do luto, Ruy se empenha em elaborar a situação por métodos
    "Flores de beira de estrada", a vida como acaso e absurdo

    "Flores de beira de estrada", a vida como acaso e absurdo

    Flores de beira de estrada (Laranja Original, 2019) começa como quem não quer nada: um casal apaixonado sai de uma festa em direção a casa de campo onde aproveitará o restante do final de semana. De repente, um trágico acidente marca a primeira reviravolta do impressionante romance de estreia de Marcelo Soriano, no qual tudo expressa que os grandes mestres da existência humana são o acaso e o absurdo. O que parecia só mais um início banal, antecipando talvez uma espécie de th
    Santuário: quantas vidas cabem em uma cidadezinha?

    Santuário: quantas vidas cabem em uma cidadezinha?

    Entramos em Santuário (Macabéa, 2020) embalados pela música de Dona Ivone Lara. É dela a epígrafe do quinto livro de Maya Falks, cujo título faz referência à cidade onde se passam os contos. Seguimos no passeio guiado pelas ruas do povoado, mas, diferente do que propõe o turismo tradicional, nossas andanças começam por dentro das casas e da intimidade de seus moradores. O ritmo animado do samba “Andei para Curimá” que nos abre as portas do lugarejo não esconde o clamor fiel d
    "Ainda que a terra se abra" – é hora de voltar para casa

    "Ainda que a terra se abra" – é hora de voltar para casa

    Oito anos após deixar a residência paterna no sul do país em direção ao trabalho de professor universitário em Brasília, carregando nas costas o impacto de um acidente familiar que custou a vida de sua mãe, Martín regressa por circunstâncias não menos trágicas: a morte do pai. Mesmo que não seja uma grande novidade para a literatura a premissa de forte carga alegórica do filho que retorna ao lar de origem e tem de encarar a conturbada imagem patriarcal, Ainda que a terra se a
    Maria Altamira: por uma identidade brasileira indígena e latino-americana

    Maria Altamira: por uma identidade brasileira indígena e latino-americana

    “Uma história começa em qualquer lugar e em qualquer momento. Há sempre algo que entrelaça de tal maneira as histórias do mundo e as de cada um de nós que o começo depende apenas do ponto de vista pelo qual você escolhe ver e desembaralhar os nós, as malhas, os vazios”. A história de onde vem o trecho anterior é Maria Altamira (Editora Instante, 2020), dedicada ao povo Yudjá de Volta Grande do Xingu e aos beiradeiros de Altamira — e começa pelo desastre. Alelí perde toda a fa
    1
    2
    LogoSimples_Sem-Fundo.png

    © 2015 - 2022 

    • YouTube
    • Branco Facebook Ícone
    • Branco Twitter Ícone
    • Branca Ícone Instagram

    É proibida a reprodução, total ou parcial, de qualquer conteúdo do LiteraTamy sem prévia autorização da autora.

    contato@literatamy.com